O mês de março foi atípico em muitos sentidos, e não podia ser diferente em relação aos treinos e provas.
Foram 4 provas em 4 finais de semana!
Passei pelo sofrimento dos primeiros 10km do ano até a alegria dos 15km do último domingo, tudo em apenas 4 semanas.
Acho que eu senti todas as emoções possíveis e imagináveis nesse mês de março.
Foi um misto de euforia, medo e superação, em uma montanha russa de emoções, que terminou com a certeza que eu estou no caminho certo, é que os #21kmvemnimim podem me esperar que vai ser mais fácil do que eu imaginava.
Afinal, para quem correu 15km, o que são mais 6km (#sofalta6)? Rs
Brincadeiras à parte, 6km pode ser muita coisa se você não estiver preparado.
No começo do mês, na Run the Bridge, no final da corrida, a impressão que eu tinha é que eu não ia conseguir correr nunca mais. Quando eu falo que foi sofrido, não é força de expressão, é a pura realidade.
Mais, o que um mês de treino certinho, não pode fazer com sua confiança? No meu caso, praticamente operou milagres.
Voltamos para o último domingo…
Circuito Athenas, primeira etapa, mesma marginal, algumas diferenças. Aos habituais 5km e 10km foi acrescentada a distância de 15km, meu objetivo!
Cheguei no parque brigando com a minha cabeça, porque eu sabia que ela era a única que podia me vencer ali.
Eu estava treinada, estava confiante, mas eu sei que tudo isso vai por água abaixo, quando a cabeça não ajuda, e eu sei também que a minha cabeça cansada só me atrapalha.
Fui disposta a vencer a minha cabeça.
Minha estratégia não era das melhores: correr os primeiros 10km e depois ver o que acontece.
Fui no meu ritmo da tartaruga, fiquei com medo de começar mais forte do que estou acostumada, e quebrar depois.
O meu objetivo era correr a prova inteira, nada de caminhada.
No 9km eu tomei o meu gel de carbo, e pode ser psicológico, mas sempre que eu tomo o gel, eu tenho a impressão que o meu gás renova, parece que troquei a pilha.
Com essa sensação de pilha nova, eu fui bem até o 13km, nesse momento parece que um cansaço enorme caiu em mim. Comecei a sentir dores nas pernas, e eu tinha impressão que um peso me empurrava para baixo.
Nesse momento tive que lutar muito mesmo para não caminhar, e posso dizer que me sai bem vitoriosa. Nessa hora eu entendi muito bem quando a gente vê em frases motivacionais que a corrida começa com as pernas e termina com o coração.
Foi exatamente isso que aconteceu.
Meu corpo e parte da minha cabeça queriam parar, mas outra parte da minha cabeça, e acho que principalmente meu coração queriam continuar, e foi assim que eu fui até o final.
Meu pace ficou bem pior do que o normal rs, mas pelo menos eu consegui, não caminhei, não desisti, e cheguei até o final.
E quando eu cruzei a linha de chegada, eu fui tomada por uma alegria, que me fez até perder a fala rs. Eu fiquei feliz de verdade. Cansada também rs!
Eu tinha um número mágico para essa prova: completar os 15km em menos de 2 horas, e para completar a alegria do meu domingo, meu tempo oficial foi 1:54:51.
Parece besteira, mas para quem corre, sofre nos treinos, e também tem que conciliar a vida cheia de responsabilidades, com treinos de fortalecimento, educativos e corrida, foi mais que uma vitória!
Essa foi a primeira vez esse ano que eu senti que os #21kmvemnimim são realmente uma realidade!
Como eu ainda tenho um tempo considerável até chegar nos meus primeiros 21km desse ano, eu me sinto melhor ainda, porque eu sei que vou conseguir treinar mais, me dedicar mais a dieta, e tenho certeza que essa barreira que aconteceu nos 13km não vai se repetir.
Agora vem a Páscoa, o fim da Quaresma, um pouco de descanso, e logo depois, mais dedicação aos treinos.
Ajustes precisam ser feitos, só que para me ajudar a empolgação e a confiança estão renovadas, e tenho certeza que isso vai me ajudar muito, em todos os sentidos.
Beijos
Paty B
P.S. Quando eu terminei a corrida, umas das primeiras coisas que eu fiz, depois de tirar fotos claro, foi tirar o tênis, por isso esse pé ai em cima, bem feito rs, com a havaianas da Mulher Maravilha!
