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29/11/2024 (sexta-feira)
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A Tribuna, Santos: a prova das provas do meu coração!

Assim como eu corri a São Silvestre pela Malu do @elastambempodem, pela Dani, minha amiga que mora na Austrália, pela minha avó, a Dona Jura, que hoje já virou estrelinha, como dizemos ao meu pequeno sobrinho, hoje eu também corri pela Paty B – minha amiga do quarteto, a dos 50% fitness do grupo, que lesionou (e ficou bem p***) que não deu para fazer Santos esse ano!

A Tribuna, Santos 2018: eu simplesmente amo essa prova! “Não sei o motivo, mas eu amo! Energia, paz interior, sentimento único, sei lá…”, além de ser uma prova de eterno recomeço para mim!

Se eu pegar meus textos “pós Tribuna” devem conter sempre essa mesma descrição sobre a prova.

Diferente das outras, essa traz algo especial do que o preparar – ritual de se arrumar – correr – café da manhã e banho (ok, banho seguimos tomando, não se preocupem).

Descemos para Santos, pegamos uma chuva horrorosa na estrada (até aí ok porque não há novidade quando Paty B e eu vamos a praia: anda chovendo desde os últimos quatro anos…), o tempo abriu lá embaixo (aooo São Pedro, tks!), camarão, bolinho de bacalhau, churros (aooo Deus Baco), caminhadinha de leve na orla, risada com amigos, pizza (todo atleta precisa de carboidrato antes da prova), água tônica (pra aguentar todos os exageros gastronômicos acumulados)… e dormir cedo! Nem eu acreditei quando era antes das 23h!

Aí a Paty B veio com a bomba de que ela não iria correr: “oi?????”

“Estou lesionada, lembra?”; ok, Paty, eu lembro, lembro da fisioterapia que você está fazendo, mas não correr A Tribuna é de quebrar o coração… Sim, ela também estava chateada!

Domingo, 8h10, largada 1° pelotão amador. Fui, fomos: eu, Dori, Dinho, Ney, Fátima e outras 21 mil pessoas – ah como essa prova está ficando famosa!

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Dada a largada, demoramos uns 3-4 minutos para começar a correr, então embalei no meu ritmo logo após a saída do túnel que já indicava que o primeiro quilômetro chegara ao fim.

No km 2 senti meu joelho começar a pesar (no sentido de estar pesado mesmo) e, confesso, também começou a briga com a minha cabeça sobre eu ter (lembrem que não trabalhamos com desistência…) que concluir a prova correndo…

Meu quadril não doeu como na semana passada, o que eu encarei como bom, indicando que eu não estava compensando, apesar de saber que também não estava com pisada de atleta.

A prova de Santos é legal, além de tudo, porque as pessoas ficam na rua, alguns se sentam com cadeira de praia, outros da para ver que acabaram de acordar, alguns torcendo com palmas, outros com gritos de incentivo, alguns incentivam só porque estarem lá… Tem os que vão fazer palhaçada, outros vão fazer churrasco (sim! Toda vez tem uns caras, na mesma casa, fazendo vontade (imagina, eles oferecem!) com aquele cheiro de linguiça as 8h30 da manhã (que eu comeria muito tranquilamente…), tem o pessoal das academias, os fortões do Cross fit, o pessoal do alongamento… Sim, tudo isso na rua!

Ao pessoal do Cross fit, obrigada por disponibilizar toilette aos corredores… Era só pagar 10 burpes!! (Moço, posso fazer xixi na calça nesse caso…)!

Ao moço da placa “abraço coletivo grátis”, parabéns pela coragem e disposição em abraçar 21 mil fedidinhos…

Aos meninos com as caras pintadas de palhaço, que bom poder tocar-lhes às mãos…

Aos tantos senhorzinhos que me ultrapassaram e outros que me acompanharam, que minha cabeça respeite meus joelhos em prol da longevidade nas pistas…

Mas meus parabéns mesmo ao pelotão da igualdade, que parafraseiam o trabalho do “pernas de aluguel”.

Parabéns às três moças que incentivavam e ajudavam um moco com deficiência grave a completar aqueles últimos 30m, ao pai que levava quase que no colo seu filho com similar deficiência motora após a linha de chegada, parabéns por serem pessoas iluminadas, melhores e obrigada por nos proporcionar segundos de realidade e imensidão de reflexão!

Cruzei a linha, fechei 10km, encontrei a Paty B, que tinha um sorriso que camuflava a tristeza de não ter corrido, mas lá no fundo sabia que tinha sido a melhor decisão, os meninos, tiramos fotos, correndo tomar café!

Mas faltava colocar o pé na praia… Sentar ali por 5 minutos (porque estava frio!), olhar o horizonte e sentir a sensação de liberdade que a praia me traz!

Voltamos pra praia, eu precisava!!

Etambém de pensar naquele pai e naquele filho, enfrentando mais uma adversidade, pensar naquele choro tímido que eu deixei cair quando vi a cena na chegada, pensar em tantas pessoas que acordaram cedo para trocar olhares conosco…

Correr: o verbo individual mais coletivo!

#okjoelhos: vou ficar de molho um pouco para poder escrever muitos próximos textos em breve!

Beijos, Flávia B

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