A Guarani Race é uma prova realizada na Aldeia Indígena Rio Silveiras, localizada na Praia de Boracéia, no município de São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Com percursos de 6K e 12K, a prova se destaca, pelo trajeto em meio a Mata Atlântica e reserva indígena.
A aldeia no qual é realizada a prova, abriga cerca de 120 famílias de índios da etnia tupi-guarani em 948 hectares.
Em uma arena montada no começo da aldeia, os participantes receberam pinturas faciais, além de poderem adquirir os belos artesanatos produzidos pelos índios.
Uma dança indígena foi realizada pela tribo, além de recebermos a proteção e instruções do cacique antes do início da prova.
A corrida
A largada foi dividida para as crianças (Kids), 6K (Corrida e Caminhada) e 12K (Corrida). A Josely, estava inscrita para a prova dos 6K, enquanto eu, Danieli, Everson, Valeska e Juliana, nos inscrevemos para prova de 12K. O Sergio e o Juan, também nos acompanharam nessa viagem ao litoral. A companhia dessa galera, já valeu a viagem. Fazer novas amizades é sempre muito bom, ainda mais com pessoas tão bacanas.
Esta foi a minha segunda corrida em uma trilha e confesso que estava bem ansioso. Além de ser uma prova de 12K, eu estava em um terreno não muito conhecido. Eu corri com um tênis de corrida de rua, não apropriado para o percurso. Eu sabia que a chance de escorregar ou levar um tombo era grande, por sorte, apesar de alguns escorregões, não cai nenhuma vez, durante o trajeto da corrida.
Em uma prova desse tipo, normalmente você não corre em todo o percurso, são muito obstáculos, travessia de rio, lama, pedaços de árvore, que exigem mais atenção e menos velocidade. E assim foi esta prova, com ritmo médio final de 9:42 minutos.
Apesar de iniciarmos todos juntos, nos primeiros quilômetros o grupo se separou, ficando na frente eu, Danieli e Juliana e um pouco atrás o Everson e a Valeska.
O visual da prova é sensacional. No meio da mata fechada, a corrida foi realizada em grande parte, próximo ao rio, ultrapassando alguns fios d’água e o próprio rio. Com água potável e fresca, parei algumas vezes para beber dessa água e refrescar um pouco a careca. 🙂
Em alguns lugares, foi necessário a ajuda para descer ou subir alguns barrancos.
Era necessário cuidado onde pisar, devido a lama durante o percurso. Alguns tênis tiveram que ser resgatados após ficarem presos nesta mesma lama.
Diversos fotógrafos na prova, registravam esses momentos fantásticos, além de contar com um excelente staff, evitando possíveis desvios do percurso da prova.
Terminei a prova, com um último sprint, agradecendo a Deus, por aquele momento tão maravilhoso.
Resumindo tudo, a prova foi FAN-TÁS-TI-CA. Já estou planejando comprar um tênis e outros acessórios para este tipo de prova. É possível que participe de outras provas do mesmo estilo neste ano, mas é claro, sem deixar as corridas de rua, de asfalto.
