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29/11/2024 (sexta-feira)
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Corrida do Coração

Há 15 dias eu fiz 32 anos! Coloquei uma camiseta, uma bermuda laranja, uma meia azul de cano meio alto (mentira, ela era só um pouco mais altinha que as de cano curto que eu estou acostumada a usar, e, portanto, sim, sofri bullying por isso) e resolvi dar uma corridinha antes do início pé na jaca das comemorações.

Tinha pouco tempo antes da feijoada, ansiedade de voltar a correr (ah vá!), medo da dor (real) no meu joelho, vontade de queimar caipirinhas, digo, calorias, e um pensamento até que focado no meio de tudo isso para a 1ª Corrida do Coração que aconteceria dia 2/setembro em Jundiaí e o #pessoaldafirma estava animado para, cada um no seu cada qual, andar 3km, correr 5km ou 10km, então, corri pouco menos de 5km naquele sábado-treino para não comprometer meu samba no pé (ahã).

Por recomendações médicas, eu venho fazendo fisioterapia e fortalecimento até que direitinho nos últimos dois meses, mas o caminho para pessoas com pouca paciência como eu parece ainda mais longo; OK, paciência é para os fortes, então, sigo regrada no treino e com uma escapadinha ou outra para fazer um treino ou uma prova; que meus professores não me leiam.

A culpa dessa minha insistência (é mole jogar nas costas de outrem rs) é dos meus amigos que correm, dando nomes: Paty B e Dori que fizeram a SP City lado a lado me lembrando da vez que o Dori também me acompanhou ombro a ombro nessa mesma prova, do Robinho que virou modelete fitness e fica postando sobre os treinos de esteira dia sim e outro também, da Kelly e da Carol que não param de pedalar, do Roberto que faz prova domingo sim e outro também, do Seto que anda correndo 42km como se fossem 5km, da Lilian vizinha que no auge dos seus 50 anos ostenta um fôlego mais que suficiente para não só a festa #ravedavéia, mas também para os longões ‘tranquilos’ de final de semana e, claro, a Mariângela que além dos pés incansáveis, tem uma áurea que anima qualquer um em qualquer circunstância e olha que nós só almoçamos uma vez a cada ‘x’ mil semanas; ufa! Como eu poderia não me incluir de volta nesse grupo de gente querida? Se faltavam motivos, faz uns dias o face me lembrou da foto da minha primeira ½ maratona e a Paty B me mandou um ‘corria 21km há 3 anos e agora não faz nem 5km’… Adoramos a metodologia de incentivo à lá tropa de elite!

Pois bem, até aí estava a parte fácil de seguir exemplos, querer imitar (no bom sentido) bons hábitos e ter lá no fundo uma vontade (a cada segunda-feira que comecei uma dieta (e quantas foram, heim, Paty B?) de voltar a correr o mais rápido possível, já que, como escrevi palavras antes, comer menos realmente é mais difícil para mim que correr 42km. #picareta.

Então, o #pessoaldafirma lançou a prova dos 10km numa turma que poucos andavam 5km, mas, como o nosso dia a dia é pautado por desafios e uma das nossas respostas automáticas aos desafios diários é ‘se fosse fácil não precisava da gente’, aos poucos fomos nos entusiasmando, fomos vivenciando a distância, fomos falando mais disso, recebemos a camiseta azul com os nossos valores de empresa, eu, a responsa na brincadeira de fazer aqueles 10km com pé nas costas e, assim, puft, chegou o dia!

7h da manhã, Jundiaí city, 21 corredores ‘do nosso time’, e o quintal de casa como o palco de mais uma prova com gostinho único!

Teve foto, foto amor com papito (até ele não escapou!), teve abraço coletivo na largada, euforia, teve ‘boa prova’, teve start do garmin… E teve a Paty B me chamando nos primeiros 300m para eu não invadir o lado da avenida de quem já começaria a voltar logo mais; e que bom que ela estava atenta! Corro provas com a Paty faz uns 5 anos e essa foi a primeira que nós corremos ombro a ombro e que feliz fiquei por isso! Porque correr em dois para mim não é hábito já que é na corrida que eu voo nos meus próprios pensamentos, viajo não para os destinos mais longes, mas para os mais profundo de mim mesma (uia, que poeta!), mas hoje acho que a Paty adivinhou que eu precisava de alguém para dividir a expectativa que eu tinha de mim mesma em mais uma tentativa de recomeço ou, com menos expectativa, completar a prova depois de 4 meses da prova da Tribuna, minha última de 10km.

O mais legal é que fomos num pace bom e bem confortável para ambas, conversamos até que uma boa parte da prova, encaramos a subida singela e contínua da Av. 9 de julho brincando com a semelhança com a 23 de maio em SP e sendo otimista que pudesse ser a Brigadeiro ou a Rubem Berta de tão longa que estava em nossas cabeças, aí a Paty B – que odeia trajetos repetidos – cumpriu a primeira volta dos 5km, batemos as mãos e eu segui.

A cada um da #firma que nos cruzamos trocamos gritos de ‘vamooooo’, mensagens de incentivo, olhares brilhantes e sorrisos contagiantes que quebravam a fadiga rumo aos 10km; confesso que tomei (escondida!!!!) um gel carbo que até agora não sei se foi necessidade física ou coisa da minha cabeça, mas me ajudou a seguir firme; cruzei com a Kelly quando ela já estava voltando na minha frente, batemos as mãos em mais um energizante ‘vamo aê, tamo junto’ e ainda faltavam mais uns 3km, de subida!

A mensagem mais linda foi de um senhor, de muletas, que a cada um dizia ‘sorria, a vida é fácil para quem é forte’ – mais uma situação para a lista dos tapas na cara que a vida nos proporciona.

E quase chegando nos 9km avistei o Roberto, ensaiando um gelo para se esfriar quando era isso que os postos de hidratação ofereciam, já que água mesmo já havia acabado; era o último km e fomos juntos, entre uma conversa e outra que também foi notada quando me passou um colega da #firma e ratificou: ‘estou mesmo vendo vocês conversando chegando nos 10km, é isso mesmo?”. Claro que sim! Aquele último km era só de descida, graças a Deus, por isso ainda tínhamos fôlego para correr e para falar.

Avistamos o pórtico, pensei num sprint, me contive para não ser muito abusada para com o meu joelho e por ele passamos aos 1:05:57! Na minha cabeça eu pensei que chegaria em 1:15, na verdade, na minha cabeça se eu não quebrasse no km 3 rs eu chegaria em 1:15 por isso era felicidade dupla. Batemos as mãos, dissemos ‘feito’, parei o garmin e fomos encontrar o pessoal; mãos com mãos, ‘valeu’ para todo mundo e o sorriso não saia do rosto.

Como eu disse a um cliente corredor que eu compartilhei nossa foto de equipe antes da prova: foi uma linda e espontânea atividade de ‘team building’; traduzindo no nosso linguajar dos amigos que corremos juntos: corrida de rua é o esporte individual mais coletivo da vida!

Como eu gosto do desfecho com essa frase: corrida de rua é o esporte individual mais coletivo da vida!

Corremos bem, tomamos um café colonial, banho, dormidinha preguiça, eu almocei na sequência e há pouco sai tomar um café com a Paty B, enfim, comecei pela dieta a parte do ‘vamos voltar a correr 21km’. Mas, não se preocupem: amanhã é segunda-feira, ou seja, dia de começar a dieta….e dessa vez é sério! #sqn #picaretamaster.

Aos que estiveram comigo hoje, no ombro a ombro ou no grito de incentivo, meu muito obrigada! Muito obrigada mesmo porque como estava estampada na nossa camiseta de corrida: #vamosjuntos.

Um beijo, Flávia B

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