Domingo, um cobertor quentinho, despertador desligado. Acordei. E, então, foi que eu vi a mensagem da Paty B das 7h30 dizendo “bora correr?” Putz, já era, na verdade eram quase 11h quando abri os olhos, praticamente hora de começar o almoço.
Dia de sol; adoro dias ensolarados de inverno, um desperdício ficar na cama de bobeira, então, levantei, comi um pouquinho do mousse de chocolate da sobremesa de ontem, digo, tomei um café da manhã recomendado para corredores #dietadoatleta e ainda na preguiça escrevi para a Paty que eu havia perdido hora… Deveria ter ficado saboreando o mousse…
Foi aí que ela #tapanacara “vou te mandar o resumo do meu treino” e apareceram no meu celular três resultados: corrida, musculação e elíptico.
Segunda vez que eu perdi a chance de ficar quieta, quando arrisquei um “você já fez tudo isso hoje?” “Já sim, terminei agora”. Eram 11h38. Repito, de um domingo delícia frio e ensolarado.
Olhei para o prato sujo de mousse.
Lembrei das férias que virão.
Pensei no vestido de agosto. Sim, temos uma nova festa, um novo vestido, um novo desafio!
Novo desafio? (já volto para o mousse, rapidinho).
Sexta-feira: “professor, gostaria de fazer uma pergunta/ comunicado, posso”? Ele me olhou num mix de seriedade, intriga e riso interno de desconfiança de que lá vinha bucha para o lado dele: “vamos lá Flavinha, diga”.
“Eu gostaria de fazer uma prova de corrida dia 29 de setembro… (silêncio)… de 2019”.
Ele não esperava que fosse em 2019…E muito menos que de 16km.
“Voltar tranquila, uns 5 kmzinhos para saber como estamos, ir aos poucos não dá não né, Flavinha?” Que fácil falar com quem me conhece!
Aí veio a ladainha, digo, instruções positivas de que vai dar certo, SE SE SE SE SE… Seu eu treinar, se eu respeitar meu limite, se eu trabalhar em progressão de distância, se houver regularidade nos treinos, se se se se se… Tá OK. Entendi (minha agenda de trabalho nem tanto, mas isso é papo para outro texto).
É, entender eu entendi. Mas daí veio o final de semana, o experimentar o vestido no sábado cedo, o mousse de chocolate (estou salivando até agora, modéstia à parte) no sábado à noite, os vinhos do jantar, a pressão dos treinos da Paty B no domingo cedo, a ansiedade (ela está de volta minha genteeeeeeeeeeeeeeeeee!) e fui para a rua.
Ainda sem planilha (o professor pira comigo querendo jogar nas costas dele), minha ideia foi sair para até o quanto eu aguentasse lembrando que deveria ser uns 5km, enfim, eu já ouvi na sexta-feira “você precisa ir de km em km; eu tenho certeza que se sair agora corre 10km (#otimista), mas eu quero você correndo dia 29/set, 29/out, 29/nov de 2019, 2020, 2031..”.
Como uma boa menina, evitei as ladeiras e descidas acentuadas e busquei o terreno mais plano possível por perto; aqueci por 10 min e comecei a correr pensando que era o primeiro de uma sequência, que era treino teste para mim mesma, que se tudo desse errado, pelo menos eu emagreceria (#vemférias), pena que não trabalhamos com a hipótese de algo dar errado, #fato: foram 4,5km e outro 1km para desacelerar.
Feliz.
Ah, mais ou menos.
5km era o mínimo que eu gostaria de ter feito. Na verdade, na minha cabeça eu já fiz 4 meses de treino, triplicar 5km, planilha, treinar de manhã no frio, amanhã será a noite, etc etc etc…
“Ei, Ô aí de cima (meu cérebro mesmo), e a parte da progressão?”
Comi, junto com a segunda colher de mousse.
Vamos em frente porque até 16km tem chão, e como tem. E COMO.
Beijos, Flávia B.