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29/11/2024 (sexta-feira)
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21km da Maratona Internacional de Floripa

Treina que vem!

Essa é a frase que define o meu final de semana!

Já conhecia Florianópolis, mas nunca tinha corrido lá, e posso dizer que foi sensacional.

Treinei esse ciclo para conseguir fazer meu RP em meias, fui buscar isso em Floripa, e consegui.

A prova é linda. Passa pela avenida Beira Mar toda, com aquela paisagem de tirar o fôlego.

Os 21km são todos na Ilha, então a prova é praticamente plana, tirando uma pontezinha que temos que atravessar, mas que por ser no começo, não prejudica em nada, porque ainda estamos descansados.

Existe um trecho bem ruim, porque a pista onde corremos tem uma inclinação para a direita, que faz com que a gente corra torto, por uns 3km, dá uma descompensada, que sentimos só depois que a prova acaba.

A verdade é que eu senti durante rs, mas só me dei conta disso, depois que acabou a corrida.

Comecei a sentir um incomodo no pé, uma bolha, mas eu nunca tive bolhas nos pés durante a corrida, não sabia o que fazer, e eu ainda estava no 12km, porque eu olhei o relógio quando começou me incomodar.

Nesse momento, primeiro bateu um nervoso, porque não sabia se a dor poderia piorar, mas uma certeza eu tive: estava muito bem para parar e ver o que fazer.

Pensei em mudar a passada, em abstrair a dor, em pensar em outra coisa, e acredito que devo ter feito todas essas coisas rs, porque essa bolha não me atrapalhou em nada depois que eu resolvi que não iria prestar atenção nela.

E esse pensamento todo deve ter tomado logo alguns segundos da minha prova rs.

Mas foi o pior trecho da corrida, entre o 12km e o 14km, quando a gente faz o retorno para voltar, e todo mundo sentiu a mesma coisa.

Parecia que esse retorno não chegava nunca. A gente começa a ver o pessoal que já fez a volta, e quer voltar também rs.

Nesse momento eu percebo o quanto foi bom ficar dando voltas e voltas nos treinos no Parque do Povo.

Esse pequeno sofrimento termina quando a gente faz o retorno, é meio mágico rs.

E ali, faltando praticamente o último terço da prova, a corrida voltou a ficar gostosa de novo.

Foi aí que eu percebi que eu conseguiria bater o meu RP.

Nesse ponto, a conta dos kms faltantes + tempo de cada km, encaixou também. Percebi que dava para tirar os 3 minutos que eu tanto queria, e mesmo sentindo uma leve inclinação em alguns pontos do percurso, eu consegui baixar meu pace.

Foram os melhores km da corrida.

Quando vi o pórtico de chegada, e ouvi a Amanda me chamando, abri um sorriso, porque eu sabia que tinha acabado e que eu tinha conseguido.

Essa foto é do momento que a Amanda me chamou

Ouvi também um grito, logo na chegada, que não consegui saber de quem era, até comentei com o pessoal, mas não era apenas uma pessoa que gritou o meu nome, eu sabia que era alguém que me conhecia, e eu descobri mais tarde, que eu estava certa, era a Karime torcendo por mim.

Encontro depois do almoço… Quem estava com cara de acaba ai?

Para fechar em grande estilo, o Zaca me chamou na linha de chegada, e foi ótimo mais uma vez poder compartilhar aquele momento com um rosto conhecido, eu tinha conseguido fazer uma meia maratona em 2:30, pela primeira vez.

o Zaca ali atrás me filmando rs

Parece muito para quem corre bem, mas para mim foi fantástico!

E foi nesse momento que eu percebi como nós, seres humanos, somos uma máquina praticamente perfeita.

Senti a bolha no meu pé no 12km, e depois disso lembrei dela por alguns momentos, mas nada que me preocupasse.

Quando eu cruzei o pórtico, e comecei a andar, eu mal conseguia colocar o pé no chão, de tanto que doía a bolha rs. Ri sozinha dessa vez.

Adivinha quem não teve maturidade com uma bolhazinha no pé?

A parte mais gostosa da corrida, pelo menos para mim, é encontrar os seus amigos no final.

Acredito que nem preciso dizer que estamos falando do mesmo assunto ainda, alguns dias depois…

RPs batidos tanto na meia como na maratona, estreias na meia maratona, sub 2 na meia também, tudo é motivo de comemoração, de alegria, de compartilhar experiências, e principalmente felicidade.

É nessas horas que o mantra “corrida esporte coletivo” toma mais forma ainda.

Eu agradeço muito por ter a corrida na minha vida, principalmente por ela ter colocado pessoas tão especialmente loucas no meu caminho.

Quando eu fiz a volta, eu que não sou muito de oração, acho que até fiz uma, agradecendo por estar ali, agradecendo por dar tudo certo, apesar dos contratempos, mas principalmente agradecendo por estar rodeada por pessoas tão boas como a minha família, e os meus amigos.

São essas pessoas que tornam a jornada mais fácil, divertida e antes de tudo, possível.

Floripa foi inesquecível de várias maneiras, e tenho certeza que vai ficar guardada nas nossas lembranças mais gostosas de serem revividas.

Beijos
Paty B

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Paty B
Corredora amadora, viajante semi profissional.

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