Meados de Outubro, 2017.
Às 6 horas da manhã do domingo toca o alarme. Já dormi com o short e a camisa do treino, o restante já tinha deixado no jeito na noite anterior…
Quem acha que correr é só colocar um tênis é porque nunca fez um longão de verdade: a quantidade de coisas é tão grande que não cabe na mesa. E em uma maratona a lista aumenta ainda mais.
Eu arrumo tudo sempre na noite anterior para evitar a preguiça e a “correria” ao acordar de madrugada.
Já levanto da cama no piloto automático. Visto a meia de compressão e o meu tênis preferido dos longões (Nimbus 18), tomo minha Glutamina e meu iogurte (preguiça pura).
Jogo (literalmente) tudo no carro, rumo ao moedor de carne de corredor, chamado USP.
Eu gosto de lá, mas sempre que corro na USP não é por lazer, é para superar alguma marca de distância/pace. Ou seja, vai ser sofrido. Mas como dizia Chorão, “Dias de Luta, Dias de Glória”.
Na curta viagem do Brooklin até o Butantã, dá tempo de ir entrando no clima e preparar o corpo e a mente para a paulada de 32,2km que vem pela frente. Mas a motivação é grande, meu último longo antes da estreia nos 42km na Maratona em Curitiba.
Completar os 32,2km significaria “só falta 10” para ser um MARATONISTA. Um sonho que a 2 anos atrás estava mais longe que Mauá e agora está cada vez mais próximo.
Não foi fácil chegar até aqui. Duas lesões e decisões difíceis para serem tomadas. Por sorte (ou teimosia) encontrei uma forma de tratar as lesões sem ter que parar totalmente de treinar.
Foi uma decisão pessoal, não foi o aconselhado por médicos, mas eu resolvi seguir esse caminho. Mas foi pensado, calculado, dosado. Deu certo, ainda bem. Estou plenamente recuperado, sem dores.
Friozinho ajuda a correr (não a começar). A USP já está cheia de corredores, ciclistas e tri-atletas. A maioria deles não tem aquele semblante de quem está se divertindo. Estão focados, determinados e sofrendo. Mas Dias de Luta, Dias de Glória.
No próximo post contarei como foi o treino.